SÃO LUÍS/MA – O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), terminou a terça-feira, 8, com declarações pública de apoio de 19 vereadores à sua reeleição.
Contando com o seu próprio voto, o socialista já tem 20, o que já lhe garantiria a recondução ao cargo, uma vez que são apenas 31 os “eleitores” no Legislativo municipal.
Dentre os que já se manifestaram, chamaram atenção Dr. Joel e Daniel Oliveira, ambos do PSD do prefeito Eduardo Braide.
Além de serem do mesmo partido do gestor da capital, eles são tidos como seus homens de confiança. Joel foi secretário de Saúde da gestão municipal; Oliveira, é o atual líder do governo na Casa.
A postura dos dois, portanto, é um recado claro de Braide: ele não tem qualquer interesse em influenciar na disputa parlamentar.
Por dois motivos…
O primeiro deles é o mais óbvio: apesar de ter eleito cinco vereadores pelo PSD, o prefeito não teria mais que sete, ou oito, aliados na Câmara a partir de janeiro de 2025. Para eleger o presidente, são necessários, no mínimo, 16.
Por isso, além de conseguir outros oito votos, ele ainda teria que garantir que alguns destes deixassem de apoiar Paulo Victor. Seria um trabalho hercúleo, e sem nenhuma garantia de sucesso.
E, para um prefeito que acaba de se reeleger com 70% na capital, numa vitória acachapante, começar o segundo mandato sendo derrotado assim seria ruim politicamente.
Para além disso – e aqui reside, talvez, o segundo motivo -, o discurso adotado mesmo pelos seus aliados que decidiram apoiar o atual presidente aponta para uma tentativa de pacificação na relação entre Câmara e Prefeitura nos próximos quatro anos.
A conta é simples: se com um Legislativo fazendo-lhe clara oposição, Braide não teve dificuldades para governar e se reeleger, num cenário de harmonia a situação tende a lhe ser ainda mais favorável.
Por outro lado, caso decidisse travar um embate na busca pela eleição de um aliado, o prefeito não apenas quebraria algumas lanças desnecessariamente, como poderia perder a eleição e, novamente, ter mais um mandato sem qualquer relação com o Parlamento.
Braide escolheu a primeira opção.