SÃO PAULO/SP – A reportagem do jornal Folha de São Paulo esteve em São Luís, na última semana, para visitar o complexo penitenciário de Pedrinhas, seis anos após decapitações que colocaram o Maranhão no mapa mundial de forma negativa.
O Complexo Penitenciário São Luís, conhecido como Pedrinhas, chegou ao seu auge de violência com rebeliões e 64 mortos, quando o estado era administrado pela ex-governadora Roseana Sarney.
Sob Flávio Dino, uma verdadeira mudança aconteceu.
De acordo com apuração da Folha, seis anos depois de seu período mais sangrento, o presídio que se tornou símbolo de violência no cárcere no Brasil viu um salto em sua estrutura, com procedimentos de segurança e programas de reinserção pelo trabalho e pelo estudo.
“Diferentemente de 2014, quando a reportagem acessou o local sem passar por revista, a visita foi cercada por um forte esquema de segurança”, destaca a Folha.
“Os servidores terceirizados foram trocados por concursados, e a Polícia Militar saiu do presídio para dar lugar a uma força especial voltada exclusivamente para operações dentro de penitenciárias”, informou.
“Também foram reforçados procedimentos de segurança: se há seis anos muitos presos viviam soltos nos pátios, agora eles ficam nas celas e saem apenas para o trabalho e para o banho de sol diário”, frisa a reportagem.
A Folha diz ainda que após reformas na estrutura e reforço nos procedimentos de segurança, a direção do complexo de Pedrinhas agora se volta para o trabalho de ressocialização —atualmente, 25% dos presos trabalham.