Prefeito Eduardo Braide sem apoio na Câmara, no Estado e na esfera Federal.

SÃO LUÍS/MA – Vislumbrando as eleições municipais de 2024 é possível mensurar que a situação política do prefeito de São Luís Eduardo Braide (sem partido), nesse momento, é crítica.

O Blog do Domingos Costa identificou que o cenário atual é nada animador para o chefe do Palácio de La Ravardière.

Após as eleições de deste ano, Braide viu derreter sua imagem e diminuir drasticamente os aliados no poder.

A começar pela Câmara Municipal, onde a partir de janeiro, o prefeito ficará desprotegido, vez que perderá a presidência da Casa hoje comandada pelo seu aliado Osmar Filho (PDT).

Quem assumirá o Poder Legislativo será um adversário político de Braide, o vereador Paulo Victor, do PCdoB.

Portanto, no que depender da Câmara de São Luís, a gestão do prefeito Eduardo poderá a qualquer momento – a partir de 2023 – ser investigada, inclusive, até com a implantação de eventuais Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

Outro agravante para o prefeito é que não possui a parceria do governo do Maranhão. Como apoiou abertamente o senador Weverton Rocha (PDT) na disputa pelo Palácio dos Leões, Braide agora terá a consequência da escolha errada e não poderá contar com as obras do governo estadual para alavancar sua gestão.

Pior que não ter o Estado com parceiro é não possuir fortes ligações com o Governo Federal. O prefeito não se posicionou nas eleições do segundo turno e, portanto, não faz parte dos aliados de primeiro hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dois deputados federais apoiados por Braide nenhum deles tem relação com o PT. Aluísio Mendes (PSC) é bolsonarista roxo e o deputado Edilázio Júnior (PSD) sequer se elegeu.

A situação política do prefeito de São Luís fica ainda mais crítica quando se fala de Senado Federal. Braide apoiou Roberto Rocha (PTB) que perdeu para o ex-governador Flávio Dino (PSB), que aliás, é desafeto do gestor e figura política com a maior proximidade com o presidente Lula no Maranhão.

Somado a todos esses fatores desfavoráveis, a gestão do prefeito Braide é tímida, sem obras estruturantes. E “sobreviveu” o primeiro ano de governo apenas usando a campanha de vacinação contra a Covid-19.

Hoje, a imagem de Eduardo é de um político isolado que não dialoga nem com os próprios aliados na Câmara de Vereadores.

E assim segue o prefeito para as eleições de 2024: sem apoio da Câmara, sem as parcerias com o Estado, sem um bom contato com o Governo Federal e com uma gestão fadada ao fracasso.

(BLOG DOMINGOS COSTA)