BRASÍLIA – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), confirmou que não deve integrar a chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição nas eleições de outubro. Ele disse que deve decidir nas próximas duas semanas a candidatura ao Senado e por qual estado entrará na disputa. Entre as opções consideradas por ele, estão Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
“Eu estou avaliando uma possível candidatura ao Senado. Há pressões para que eu concorra ao Rio de Janeiro, outra para que eu concorra no Rio Grande do Sul. Nos próximos 15 a 20 dias eu vou definir isso, seja me colocando efetivamente para concorrer ao Senado e qual dos estados terá a minha candidatura”, disse em entrevista à CNN Brasil.
Mourão também admitiu a saída do PRTB, mas não adiantou a qual partido irá se filiar. “Eu estou em conversas com alguns partidos, muitos vêm se apresentar para fazer convite e eu tenho que avaliar, obviamente, dependendo do estado que eu concorrer, a composição que será feita com o candidato a governador, porque ninguém concorre sozinho”, destacou.
Sem confirmar a aliança, Mourão também classificou o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, como uma opção viável para entrar na chapa de Bolsonaro à reeleição como candidato a vice-presidente. Mas, na avaliação dele, abrir mão do nome militar e escolher um político, como o da ministra da Agricultura Tereza Cristina, pode trazer facilidades para Bolsonaro em um eventual segundo mandato.
“A escolha do vice é feita sempre, na minha visão, tomando por baixo dois grandes eixos. Um é a composição política que vai fortalecer a chapa. Outro é o nome da confiança daquele que é o cabeça da chapa. Eu julgo que o ministro Braga Netto tem um excelente relacionamento com o presidente Bolsonaro e é uma pessoa extremamente capacitada a ser o novo vice-presidente junto com o presidente Bolsonaro”, afirmou.
