MARANHÃO = Muito se falou, nesta semana, sobre minha volta ao PSDB, partido que já havia presidido e que tive que deixar no fim de 2017, para que eu continuasse a aliança estabelecida anteriormente com o governador Flávio Dino. O projeto não poderia sofrer com a descontinuidade. Agora, fui convidado a reintegrar os quadros tucanos; e na condição de presidente estadual da sigla. Um convite que muito me honrou.
Aceitar não foi uma decisão fácil e nem tomada de última hora. Só foi afinada depois de uma longa conversa que tive com o presidente do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira. Afinal, em 2018 fui muito bem recebido. A consideração foi tamanha que, imediatamente, fui eleito vice-presidente nacional do partido.
Neste curto período, vesti a camisa, arregacei as mangas e me pus em campo, auxiliando o deputado federal Cléber Verde, presidente estadual da sigla, a fortalecê-la. Nas últimas eleições, em 2020, demos um grande salto. Com mais de 580 mil votos, conquistados por todo o estado, passamos a ser o partido com o maior número de eleitores no Maranhão. No total, elegemos 25 prefeitos, 24 vice-prefeitos e 211 vereadores; nos tornando, proporcionalmente, o diretório estadual que mais cresceu no país. Uma conquista de todos os republicanos que abraçaram a causa e se alinharam à condução de seu presidente. Mas, o ciclo chega ao fim – sem mágoas ou ressentimentos -, pela possibilidade de continuarmos agregando parceiros para a base aliada ao projeto de governo que defendemos.
De 2015 até aqui, falando em gestão, já avançamos muito. No entanto, sabemos de que ainda há estrada pela frente, em uma evolução contínua, acima de tudo, de atitude e de entendimento das prioridades. Ao nosso estado, toda dedicação é pequena.
Assim, resolvi encarar um novo desafio de, não apenas ingressar no PSDB; mas, assumindo suas rédeas, reviver aquele projeto executado até 2017, quando percorremos o estado e fizemos o partido crescer de forma exponencial. Nas eleições de 2016, fomos o segundo diretório estadual do PSDB que mais cresceu no Nordeste em número de prefeitos eleitos. Saímos de oito para trinta prefeitos.
De 87 comissões provisórias em 2011, chegamos a 214. Conseguimos eleger vereadores em mais da metade das cidades maranhenses e trinta vice-prefeitos, quando antes tínhamos apenas dez.
Além de buscar números expressivos, minha volta ao ninho tem um outro sentido: realinhar um partido gigante, com tamanha história, ao projeto de Maranhão que estamos ajudando a construir. De nossa parte, trataremos a todos com equidade. Todos são importantes nesse momento. Há tucanos históricos que precisam sentir que o partido pode – e deve – ganhar musculatura. Em 2014, quando estava no PSDB, editamos uma aliança improvável com o PCdoB. Os anos mostraram que essa união deu muito certo. Até porque, a relação governador/vice-governador ganhou dimensões muito maiores do que as estabelecidas por cargos. Somos dois maranhenses que temos os mesmos anseios e a mesma vontade de trabalhar, de se dedicar pelo estado e, principalmente, de acertar.
Então, em nossa nova – antiga – casa, assumiremos as responsabilidades e a missão de construirmos, juntos, um partido que faça parte desse momento tão importante para o Maranhão. Ao Republicanos e seus filiados, minha gratidão. Aos correligionários tucanos, a certeza de que teremos um partido que, a cada dia, trabalhe ainda mais para o bem do Maranhão.
FONTE: CARLOS BRANDÃO