MARANHÃO = Infelizmente, no início desta semana, tivemos mais um episódio lamentável provocado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. A corte eleitoral maranhense segue, depois da eleição, indeferindo registros de candidaturas de prefeitos eleitos e interferindo no pleito eleitoral, mesmo após ele ter sido concluído.
Na última segunda-feira (07), o TRE-MA decidiu indeferir o pedido de registro de candidatura do prefeito eleito de Alcântara, Padre William (PL). O indeferimento se dá por uma condenação por improbidade administrativa.
A decisão do TRE-MA, neste momento, impedirá que o prefeito eleito tome posse e caberá ao presidente da Câmara Municipal de Alcântara, até que seja julgado o recurso do Padre William no Tribunal Superior Eleitoral.
Caso o TSE mantenha a decisão do TRE-MA, teremos uma nova eleição em Alcântara para definir quem será o prefeito da cidade.
Essa situação, infelizmente, não é um caso isolado, já que pelo menos outros três municípios estão em situação semelhante. Além de Alcântara, os prefeitos eleitos de Milagres no Maranhão e Bacuri, tiveram os registros de candidaturas, depois de vencerem nas urnas, indeferidos pelo TRE-MA.
O julgamento somente agora, depois da votação concluída, acaba sendo um desrespeito ao eleitor, que em plena pandemia saiu de casa para votar, correndo o risco de ser contaminado e até morrer, mas fez esse esforço sem saber que o seu voto não teve validade alguma, pelo fato da Justiça Eleitoral não ter julgado em tempo hábil os registros de todas as candidaturas.
Chega a ser impressionante a incapacidade da Justiça Eleitoral de conseguir julgar todas as candidaturas, para que aqueles que disputem a eleição, sejam exatamente os que poderiam efetivamente ser votados pelo eleitor. Ou seja, quem vai decidir a eleição em alguns municípios será a Justiça Eleitoral e não o eleitor.
Uma verdadeira brincadeira sem graça e onerosa aos cofres públicos, afinal serão novas eleições em vários municípios, com o eleitor custeando mais uma vez o pleito eleitoral e novamente sendo obrigado a ir votar.
Depois querem atribuir, exclusivamente, a classe política o aumento na abstenção nas eleições, mas situações deste tipo além de não contribuir com a democracia, ainda desestimulam o eleitor a sair de casa para votar.
FONTE: JORGE ARAGÃO