BRASÍLIA – O atual presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), conseguiu se reeleger com bastante facilidade nesta sexta-feira (1º). A eleição foi em primeiro turno com 334 votos. Maia teve, em 2019, mais votos do que nas duas vezes anteriores em que se elegeu presidente da Câmara dos Deputados (2016 e 2017). Sua votação foi a segunda maior nos últimos 15 anos, perdendo apenas para Marco Maia (PT), que alcançou 375 votos em 2011.
Para conseguir se eleger pela terceira vez consecutiva, fato inédito na Câmara, Maia contou com o apoio de partidos de todos os lados do espectro político.
Fazem parte do bloco centrado em torno do atual presidente da Casa partidos do centrão como PP, PR, PRB, Solidariedade e Podemos, bem como o PSL do presidente Jair Bolsonaro e siglas da centro esquerda, como PDT.
Com o voto secreto, é impossível determinar quais votos vieram de partidos da base do atual presidente e quais partiram de dissidências como de alas do PT e do PSB que, reservadamente, admitiam votar em Maia.
Desde a redemocratização, em 1985, houve 19 eleições para presidente da Câmara em 17 legislaturas, já que por duas vezes foi necessário fazer novas votações – Severino Cavalcanti, em 2005, e Eduardo Cunha, em 2016, renunciaram ao cargo.