Policiais civis do MA aprovam cronograma de paralisações.

MARANHÃO – Os policiais civis do Maranhão, aprovaram, nesta sexta-feira (15), em assembleia geral extraordinária, realizada no prédio da antiga Rede Ferroviária Federal (REFFSA), na Beira-mar, com repercussão no interior do estado, um cronograma de paralisação de atividades da categoria , em razão da ausência da resposta do Governo do Estado às reivindicações da classe. A mobilização de investigadores, escrivães e outros profissionais que atuam em delegacias e outras unidades policiais deve comprometer as ações de segurança pública nos 217 municípios maranhenses.

A classe aprovou, caso não haja resposta do governo,
três paralisações de advertência que antecederão uma
paralisação geral. As datas previstas incluem a paralisação de uma operação em curso no Maranhão e entrega de armas, coletes e algemas.

A primeira paralisação é de 24 horas e acontece no próximo dia 20 de setembro, próxima quarta-feira. A segunda, caso persista a ausência de resposta, terá duração de 48 horas, nos dias 27 e 28 deste mês. Nesse ato, tambem haverá paralisação da “OPERAÇÃO PAZ, do
Ministério da Justiça, já em curso no estado, com participação de um.contingente expressivo de policiais civis.

A terceira paralisação está programada para os dias 4 e 5 de outubro, logo após o ato de entrega de armas, coletes à prova de balas e algemas, seguida de uma paralisação geral de atividades.

Defasagem salarial

Os policias civis estão sem recomposição há quase nove anos e reivindicam reposição em seus vencimentos e outros direitos. As decisões do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (SINPOL-MA) são tomadas de forma unitária, em conjunto, pela Diretoria e com o aval da categoria.

O Grupo APC constitui a espinha dorsal da Polícia Civil e sem este não há a entrega da real Justiça, tampouco o funcionamento pleno e eficaz dessa Instituição.

O diálogo com o governo iniciou em março, com uma proposta apresentada pela entidade. Em julho deste ano, o SINPOL-MA realizou o primeiro protesto, em razão das condições de trabalho e falta de reajuste salarial.