SÃO LUÍS/MA – O secretário de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), Jefferson Portela, disse ações conjuntas das polícias Civil e Militar para combater facções criminosas nos bairros da Região Metropolitana de São Luís vão predominar dentro do planejamento policial neste fim de 2019.
Diversos crimes, como homicídios e tentativas de homicídios nos chamados ‘tribunais do crime’ causam mais repercussão pelo fato de os criminosos filmarem do início ao fim as sessões de torturas e divulgarem nas redes sociais. Com base nestas imagens, alguns foram presos
“Nós temos a degeneração destas facções para expressões mais violentos tentando impor domínio de território por meio de ataques, execuções, e isso não será aceito aqui no Maranhão. Operações serão feitas não só para apreensões e buscas, mas vamos ocupar as regiões usando a força do estado, a força que a lei permite. Vamos entrar nos bairros para resolver o problema. O uso da força é permitida para o estado. O estado não pratica violência, pois violência é crime, mas nós não vamos nos intimidar e vamos pra resolver a questão”, disse o secretário.
Por questões estratégicas, os bairros que serão alvos das ações não foram detalhados pelo secretário, mas as localidades onde crimes mais violentos foram registrados este ano e causados por ordens de facção devem ser os primeiros nesta missão.
O combate as facções na Região Metropolitana exige também um monitoramento do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, principalmente. Em diversas operações da Polícia Civil este ano, detentos foram apontados como mandantes de crimes, pois mesmo cumprindo pena, muitos seguem como líderes deste grupos e conseguem manter um contato direto com os comparsas, segundo a polícia.
“O estado brasileiro precisa ter a coragem para tratar o aprisionado do modo correto. Ele não pode ser preso pra ficar mais poderoso. Isto é uma incongruência. Ele não pode ir para um presídio e lá montar uma rede de comando de crimes. Hoje, a maioria dos homicídios e roubos a bancos do país são determinados de dentro da penitenciária. E muitas vezes se entende como afronta a democracia o controle interno. O ministro Moro tomou a decisão correta quando mandou o Projeto da Lei Anticrime acabando com o sigilo que sai do presídio. Não há democracia quando sai a ordem de um crime de dentro da penitenciária sem que o estado possa fazer algo”, concluiu o secretário.
(FONTE: G1.MA)