BRASÍLIA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de janeiro a dezembro de 2022 — que reajusta aposentadorias, pensões e auxílios do INSS que ganham acima do salário mínimo — ficou em 5,93%, segundo o IBGE. Esta deve ser a correção anual aplicada aos benefícios da Previdência Social de forma retroativa a 1º de janeiro de 2023.
Os segurados que recebem acima do piso nacional vão começar a receber o reajuste na folha de janeiro, que será paga de 1º a 7 de fevereiro, de acordo com o final do cartão de pagamento (antes do traço).
Os que ganham o salário mínimo começarão a receber antes, ainda em 25 de janeiro. Mas o piso nacional — estimado em R$ 1.320 — ainda deve ser oficializado pelo governo federal.
Se o aumento aplicado pelo INSS para os que ganham mais do que o piso for apenas equivalente ao INPC — ou seja, sem ganho real acima da inflação —, o teto pago aos beneficiários vai subir de R$ 7.087,22 para R$ 7.507,49 (aumento de R$ 420).
A variação da inflação em 2022 servirá também para corrigir o salário-família, por exemplo.
Vale ressaltar que os segurados que passaram a receber benefícios ao longo de 2022 não terão direito ao reajuste cheio de 5,93%. A correção será proporcional aos meses de recebimento da aposentadoria, da pensão ou do auxílio. Essa tabela escalonada ainda será divulgada pelo INSS.
O INPC mede a inflação para as famílias com renda mensal entre 1 e 5 salários mínimos. Segundo o IBGE, são grupos mais sensíveis às variações de preços, pois tendem a gastar todo o seu rendimento em itens básicos, como alimentação, medicamentos, transporte etc. O índice de 5,93% em 2022 ficou bem abaixo do registrado em 2021, de 10,16%.