BRASIL – O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (15) em São Paulo. Segundo a família, ele faleceu por volta da meia-noite, em decorrência de complicações do AVC, pelo qual estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês.
Ao longo de sua extensa carreira, Jabor se dedicou à literatura, ao jornalismo e ao cinema, tendo dirigido sete longas, dois curtas e dois documentários. Foi indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes em 1970 por seu primeiro longa, “Pindorama”, e em 1986, por “Eu sei que vou te amar”.
Em 1973, fez um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues que lhe rendeu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973. Dois anos depois, outro filme inspirado em uma peça rodrigueana deu a Jabor o Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado: “O Casamento”.
Em 1981, viria o premiado “Eu te amo” e, em 1986, outro sucesso de bilheteria e crítica. “Eu Sei que Vou Te Amar” foi gravado em uma casa projetada por Oscar Niemeyer e rendeu o prêmio de melhor atriz para Fernanda Torres no Festival de Cannes.
Nos anos 1990, Jabor começou a escrever crônicas para jornais como o Estadão, Folha de S. Paulo e O Globo, além de fazer comentários políticos em programas de TV da Globo.