MARANHÃO – A segunda dose da vacina contra a Covid-19 está sendo aplicada para o segmento de profissionais da construção civil. A imunização, coordenada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), ocorre no Hospital da Ilha, na Avenida São Luís Rei de França, Turu. O governador Flávio Dino esteve no local, acompanhando o início desta nova etapa da vacinação, que contou com presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Dino vistoriou o andamento das obras, conversou com trabalhadores. Ainda pela manhã, assinou projeto de lei que cria o Estatuto Estadual dos Povos Indígenas, no Parque do Itapiracó.
O governador Flávio Dino pontuou, ao ex-presidente Lula, as ações do Governo do Maranhão no combate à pandemia da Covid-19 e destacou o avanço na vacinação contra a doença. “Fiz esse convite ao ex-presidente Lula para mostrar o avanço na vacinação. Iniciamos essa fase da imunização, com os profissionais da construção civil, trazendo a vacina aos canteiros de obras. Uma das inovações que fizemos nessa ação. O Maranhão é o estado com a menor taxa de mortalidade pela doença, no Brasil. É um mérito dos nossos profissionais de saúde e da seriedade com que encaramos todos os problemas no combate à pandemia”, pontuou.
Para esta etapa, o Governo do Estado priorizou o acesso facilitado à vacina e, com isso, ampliou a vacinação em São Luís e descentralizou a aplicação para os profissionais da construção civil. Desse modo, conseguiu alcançar, praticamente, 100% de imunização desses profissionais, na capital.
Povos indígenas
Acompanhado do ex-presidente Lula, o governador Flávio Dino esteve na Reserva do Itapiracó, onde assinou o projeto de lei do Estatuto Estadual dos Povos Indígenas. O documento vai normatizar ações estaduais complementares às atribuições federais. “Estamos garantindo que todo o dinheiro internacional que vier da redução do efeito estufa, em face do trabalho de conservação nas terras indígenas, será aplicado nas terras indígenas e pelo povo indígena. Creio que somos o primeiro estado a prevê essa medida em lei estadual”, frisou Flávio Dino, que assistiu à exibição de vídeo sobre os povos indígenas e foi homenageado com honrarias e itens produzidos pelos indígenas.
Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou a iniciativa do Governo do Maranhão e ressaltou a importância da defesa dos direitos da população indígena. “Que bom que podemos estar neste encontro hoje e na ocasião da assinatura de uma lei que vai permitir que os indígenas possam produzir o que necessitam, em sua própria terra. Vivemos um retrocesso político, econômico, social e cultural. Eu recebi uma lança aqui, do companheiro me convidando para ser guardião das terras indígenas. Sou ligeiro como a lança e com o Flávio Dino, todos nós aqui assumimos o compromisso de sermos guardiões da floresta. A Amazônia interessa ao mundo, ao Brasil e ao povo indígena”, frisou.
Estiveram presentes ao evento, o vice-governador Carlos Brandão; os secretários estaduais Márcio Jerry (Cidades e Desenvolvimento Urbano), Rodrigo Lago (Agricultura Familiar), Francisco Gonçalves (Direitos Humanos e Participação Popular); o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), Othelino Neto; o senador Weverton Rocha; o presidente da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso, Crisântemo Xavante; a presidente do Instituto Indígena do Tocantins, Narúbia Carajá; a liderança indígena Sônia Guajajara; além de parlamentares e outras autoridades.
Hospital da Ilha
O Hospital da Ilha será um dos maiores hospitais de urgência e emergência do Norte e Nordeste e alcançará, ao final das obras, 400 leitos. O Hospital da Ilha terá também uma ala de queimados e a previsão é que, até fevereiro do próximo ano, esteja em pleno funcionamento. A unidade hospitalar terá a linha de atendimento da urgência e emergência dos hospitais macrorregionais espalhados por todas as regiões do Maranhão. As obras estão em fase bastante avançada e a primeira etapa será entregue até final deste ano e colocada em funcionamento. A previsão é que todas as etapas da obra sejam concluídas em fevereiro do próximo ano.