SÃO LUÍS/MA – Por via de regra constitucional, ao vereador cabe elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo – no caso, o prefeito. Por sua vez, o deputado estadual cria e altera as leis, fiscaliza a atuação do governador e representa a população na esfera estadual, ou seja, na Assembleia Legislativa.
Ocorre, entretanto, que o que se viu na manhã desta segunda-feira (11), no Palácio Pedro Neiva de Santana – sede do Legislativo ludovicense foi uma espécie de inversão dos fatos: um ex-vereador que era oposição, retorna à antiga Casa como aliado do prefeito, demonstrando que atuará como deputado: ‘fiscalizando’ o governador.
Pelo menos foi essa estratégia do senador Weverton Rocha (PDT) demonstrar que a volta de Fábio Câmara ao plenário Simão Estácio da Silveira terá um único objetivo: tentar desqualificar o governo estadual. Sem poder fazer oposição ao prefeito Eduardo Braide (sem partido), o vereador pedetista vai usar o governador Calos Brandão e o ex-governador Flávio Dino, como base para sua ‘atuação’ politica na Casa.
Frustração
Todos aguardavam que o Câmara retornaria à Câmara de forma brilhante quando da sua passagem na Casa durante a primeira gestão do então prefeito Edivaldo Júnior (PSD). No entanto, o discurso foi uma verdadeira frustração e o que se viu na manhã de ontem, foi um inadequado discurso do vereador tentando fazer a função de um deputado.
Tenho maior admiração pela historia de lutas do Fábio, mas sua tentativa em usar a Câmara como uma espécie de “Assembleia Legislativa” chegou a incomodar alguns de seus colegas de plenário, transformando a concorrida solenidade de posse, num verdadeiro vexame.
A coisa foi tão vergonhosa, mas tão vergonhosa, que os deputados Roberto Costa (MDB) e Fábio Braga (PP), ambos aliados do governador Carlos Brandão (PSB), ficaram constrangidos que não sabiam aonde botavam suas caras. A verdade é que Fábio Câmara aceitou ser usado por Weverton e fez o que nenhum deputado estadual do PDT teve coragem de fazer até o momento no Palácio Manuel Beckman – sede do legislativo maranhense: atacar o atual e o ex-governador.
(FONTE: ANTÔNIO MARTINS)
