SÃO LUÍS/MA – Eleito o vereador mais votado da história de São Luís, em outubro, o jornalista Douglas Pinto (PSD), em entrevista ao Atual7, teceu considerações duras em relação ao pleito interno da Câmara Municipal de São Luís que definirá, no dia 1º de janeiro, a nova Mesa Diretora da Casa para o biênio 2025/26.
Até o momento, apenas o atual presidente, vereador Paulo Victor (PSB), fortemente criticado pelo comunicador, registrou chapa, denominada de “Deuteronômio 31:6”, para concorrer à reeleição e continuar como mandatário do Palácio Pedro Neiva de Santana por mais dois anos.
No último dia 26, o editor de um Blog publicou texto relatando a insatisfação de alguns parlamentares para com a gestão de Paulo Victor e mostrando que há um sentimento para judicializar o processo objetivando alterar o Regimento Interno da Casa.
Pelas regras atuais, a votação tem que se dar de maneira aberta e nominal e não é permitido o lançamento de candidaturas avulsas.
Neófito na política, Douglas Pinto afirmou que não votará em Victor e justificou seu posicionamento alegando que o parlamentar não deveria sequer se candidatar, uma vez que “ é extremamente constrangedor eleger alguém que é réu por corrupção, é investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas. Pelo bem da Casa, acredito que ninguém nessa situação devia sequer se candidatar, imagina ser eleito presidente da Câmara. Mas por unanimidade não vai ser, porque não tem o meu voto”.
O pensamento de Pinto é o mesmo de outros edis, inclusive de alguns que integram o grupo de apoiadores de PV, que preferem guarda-lo por conveniência e acordos já costurados.
O vereador mostrou coragem em publicizar o seu posicionamento, isto é fato.
No entanto, não basta apenas isso.
Ele e outros parlamentares devem ter coragem não apenas de se exporem em relação ao caos instalado na quarta Câmara mais antiga do país pelo atual presidente que, de fato, jogou a imagem do Parlamento ludovicense na lama.
É necessário, também, coragem para buscar a alteração do Regimento na Justiça e, desta forma, obter uma decisão favorável que lhes permitam lançar candidaturas avulsas para uma eleição que, caso se dê de maneira secreta, pode trazer surpresas.
Se o farão, ou não, somente os capítulos que serão escritos nos próximos dois dias irão dizer.
(FONTE: GLAÚCIO ERICEIRA)