MARANHÃO – A aproximação da data de eleição para presidente e corregedor geral do Tribunal de Justiça do Maranhão está a cada dia movimentando mais os bastidores do judiciário e também da política maranhense.
O atual Corregedor Geral, desembargador Paulo Velten, disputará a presidência com a novamente candidata Nelma Sarney.
Nelma Sarney perdeu as duas últimas. Em 2017 foi derrotada por 16 votos a 10 pelo desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos; depois, em 2019, perdeu para o atual presidente Lourival Serejo, por 16 votos a 14. Na terceira tentativa consecutiva de chegar ao comando do judiciário maranhense, Nelma Sarney enfrenta também o fantasma de um processo que corre no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O Conselho Nacional de Justiça julga um Processo Administrativo Disciplinar contra Nelma Sarney por suspeitas de favorecimento em suas decisões com relação à aprovação de um ex-assessor da desembargadora, em concurso público para tabelião.
Cunhada do ex-presidente José Sarney, Nelma Sarney causou polêmica no ano passado, na pandemia, quando pediu que a presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão compensasse os gastos a mais com eletricidade, internet e compra de equipamentos no regime de home office. Com salário de R$ 35,5 mil, Nelma disse que não se tratava de ajuda de custo.
Concorrente de Nelma, Paulo Velten ampliou suas possibilidades com a forte atuação como Corregedor Geral de Justiça, apontam duas fontes bem situadas no TJ maranhense. Pesa também favoravelmente o histórico de imparcialidade e distanciamento das disputas políticas no estado, o que confere mais força institucional ao judiciário, conforme analistas que conhecem bem o poder.