BRASIL – Apesar de ter repudiado os atos praticados pelos extremistas do Hamas, o Brasil, de maneira oficial, não classifica o grupo como “terrorista”.
Depois de muita pressão para que o Brasil utilizasse o termo “terrorista” ao se referir ao Hamas, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) explicou, na quinta-feira (12/10), o motivo para agir dessa forma.
Segundo o MRE, a posição do Brasil é guiada pelas normas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“O Brasil segue as determinações estabelecidas pelo Conselho de Segurança da ONU, o principal órgão encarregado de manter a paz e a segurança globais, conforme o Artigo 24 da Carta da ONU.”
Para o Brasil, somente o referido Conselho da ONU tem competência para categorizar um conjunto específico como organização terrorista.
O Itamaraty salientou que a abordagem brasileira, em consonância com a Carta da ONU, possibilita ao país desempenhar um papel ativo, seja em colaboração com outras nações ou de forma independente, visando a resolução pacífica de conflitos. Adicionalmente, tal postura auxilia na proteção de cidadãos brasileiros em áreas de conflito.
Vale ressaltar que, de maneira oficial, EUA, Reino Unido, Japão, Austrália e países da União Europeia identificam o Hamas como uma organização terrorista, nações como China, Rússia, Turquia, Irã, Noruega e o próprio Brasil optam por não fazer essa designação.
FONTE: JORGE ARAGÃO