MARANHÃO – Em diálogo com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas Alves, nesta terça-feira (18), em Brasília, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, apresentou a situação das fortes chuvas no estado, que superam o índice pluviométrico em mais de 20%, em relação ao mesmo período do ano passado, e geraram enchentes em diversos municípios.
De acordo com Carlos Brandão, as informações fornecidas pelo grupo de trabalho é de que em 10 anos de operação da hidrelétrica, esse é o segundo maior pico de afluência. Apesar disso, pontos monitorados já apresentam recessão.
“A boa perspectiva é que em alguns pontos monitorados por nós, em sobrevoo recente no reservatório de Estreito, já apresentam recessão. Essa folga permite avisar com antecedência as defesas civis dos municípios e assim retirar as famílias das áreas afetadas. Estaremos atentos e vigilantes a qualquer mudança que possa ocorrer e prontos para adotar as medidas cabíveis, como temos feito ao longo deste mês”, pontuou o vice-governador.
Para tratar do assunto, foi agendada uma visita do coronel ao Maranhão, na próxima terça-feira (25).
Brandão esteve acompanhado do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), coronel Célio Roberto, e na oportunidade destacou as medidas já tomadas pelo Governo do Estado para garantir que as famílias afetadas recebam todos os cuidados necessários.
Na pauta também foram discutidas possibilidades de providências preventivas na Usina Hidrelétrica de Estreito, localizada no rio Tocantins.
Após essa movimentação do vice-governador, em constante diálogo com a Defesa Civil local e direção do consórcio da hidrelétrica, a partir desta semana será reduzida gradualmente a vazão da Usina, mantendo o nível da cota do reservatório 2 m abaixo do teto ou da média, para garantir a absorção de chuvas futuras até o limite gerenciável, a fim de atenuar futuras cheias em Imperatriz.
O coronel Célio Roberto comentou sobre a importância da atuação conjunta entre as defesas civis nacional e local.
“Sabemos da necessidade de diálogo entre as defesas civis local e nacional, e por isso estamos aqui para informar sobre as medidas adotadas até então e para alertar sobre possíveis riscos a serem causados pelas chuvas”, disse o coronel.
Entre as ações estão a drenagem de riachos para que a água possa escoar, além de acompanhamento do manuseio da liberação da água e outras ações, avaliadas em vistoria in loco e em reuniões com um grupo de trabalho, formado pelas secretarias e órgãos do Governo do Estado, bem como técnicos da UEMA, Imesc e Fapema.