MARANHÃO – O deputado federal André Fufuca, atual presidente do PP no Maranhão e vice-presidente nacional do partido, poderá se tornar o comandante do maior partido do Brasil a nível de estado.
É que após meses de negociações, PP e União Brasil acertaram a formação da federação que representará a maior bancada da Câmara e a segunda do Senado.
Sem a presença do Avante, que chegou a negociar a participação, a expectativa é que o anúncio ocorra na primeira semana de março, conforme revelou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.
O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, enviou um modelo de estatuto da federação para Antonio Rueda, vice-presidente do União Brasil, que deverá fazer os arremates no documento.
Pelo acordo alinhavado, Nogueira e Rueda serão os copresidentes da aliança, que vai contar com 108 deputados, superando o PL, que tem 99, e 15 senadores, atrás apenas do PSD, com 16.
O tamanho do grupo amplia a pressão sobre o Planalto pela distribuição de espaços no governo Lula. Apesar de ter indicado três ministros — Waldez Góes (Integração Nacional), Juscelino Filho (Comunicações) e Daniela Carneiro (Turismo)—, o União Brasil cobra mais cargos no segundo escalão.
– Maranhão
O acordo pela federação foi precedido por uma série de negociações para destravar conflitos entre as duas siglas nos estados. Dois pontos causavam preocupação: as regras de “governança nacional”, com pressões internas para que as decisões ocorram de forma colegiada, e o critério de definição dos comandos e alianças locais.
Caciques dos dois partidos buscam prioridade na definição dos diretórios locais. No Maranhão, o deputado André Fufuca (PP) tende a assumir o comando devido a arestas entre o ministro Juscelino Filho e o deputado Pedro Lucas Fernandes (União), que já vinham disputando o comando local do União.
Em estados onde os partidos elegeram governadores — Goiás, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso no caso União Brasil; e Roraima e Acre com o PP à frente —, a tendência é que os chefes dos Executivos tomem as rédeas.