SENADOR FLÁVIO BOLSONARO.

BRASÍLIA = O senador pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro anunciou na quarta-feira (26) que se desfiliou do Republicanos, partido ao qual se ligou oficialmente em março de 2020. Segundo o gabinete do senador, o parlamentar ainda não tem certo a qual sigla irá se filiar. 

De acordo com a nota, Flávio Bolsonaro deverá embarcar na mesma legenda a qual seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), decidir se vincular.

Eleito senador em 2018 pelo PSL, Flávio deixou o partido depois que o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, rompeu com a ala bolsonarista da legenda. Pelo PSL também se elegeram Jair Bolsonaro, na Presidência da República, e Eduardo Bolsonaro, deputado federal por São Paulo, que permanece no partido.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já firmou entendimento de que, no caso de senadores, o mandato pertence ao eleito, e não à legenda, o que permite a esses parlamentares a mudança de partido sem o risco de perda do mandato.

Pesa a favor dos senadores o fato de a eleição para o Senado ser majoritária, isto é, os eleitores votam diretamente no candidato, o que também acontece com prefeitos, governadores e presidente da República. No caso de deputados federais, deputados estaduais e vereadores, no entanto, a eleição é pelo sistema proporcional, que privilegia os votos recebidos pelos partidos.

No Twitter, Flávio Bolsonaro publicou uma foto ao lado do presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP). Na postagem, Flávio agradece ao deputado, a quem chama de “amigo” e disse que os antigos correligionários podem contar com o senador para traçar “o futuro de nosso Brasil”.

FLÁVIO BOLSONARO NO TWITTER.

Desde que se desfiliou do PSL, em novembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro está em conversas para decidir por qual partido deverá tentar a reeleição em 2022. 

Segundo a analista de política da CNN Renata Agostini, o presidente busca uma legenda pequena que lhe permita assumir o controle do partido, à semelhança do que ocorreu em 2018 com o PSL. Naquele momento, a manobra não só permitiu a eleição de Bolsonaro como transformou o PSL na segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. 

 

FONTE: CNN.BRASIL