Reforma do Hortomercado da Cidade Operária.

SÃO LUÍS/MA – Antes abandonado e insalubre, o Hortomercado da Cidade Operária serviu por décadas como lixão irregular e refúgio para usuários de drogas. Mas essa realidade está cada vez mais ligada ao passado do bairro. As obras de reforma e ampliação da feira “seguem a todo o vapor”, segundo o arquiteto e gestor dos trabalhos, Zeca Carvalho. A primeira etapa do projeto feito pelo Governo do Maranhão tem previsão de entrega para julho deste ano.

Com a obra, 118 feirantes que já comercializam produtos hortifrutis na região serão beneficiados.

O novo Hortomercado da Cidade Operária terá boxes padronizados (todos com revestimento cerâmico para facilitar a limpeza), bancadas e balcões em granito, além de grades e portões feitos a base de metalon, metal produzido em aço carbono, resistente à corrosão, ações do tempo e produtos químicos.

Diálogo com os feirantes

O projeto de reforma e ampliação foi definido por meio do diálogo com a comunidade, que identificou as necessidades dos feirantes, como explica Zeca Carvalho.

“Alguns detalhes da obra só foram definidos depois, para atender algumas reivindicações dos feirantes que não estavam previstas no projeto original”, explica.

O arquiteto diz ainda que medidas foram adotadas para que o período chuvoso e as avarias na antiga estrutura não comprometessem o andamento da obra. Segundo Zeca Carvalho, os trabalhos seguem intermitentes desde setembro de 2018.

“As intempéries naturais sempre atrapalham, mas a gente teve a sabedoria de permutar primeiro o telhado, que era de fibra de amianto, e colocamos telhas termoacústica, que deram uma folga para trabalharmos com lastro, com aterro, com alvenaria, com vigas estruturais, com alvenarias e as lajes dos boxes. Agora já estamos na fase de acabamento com o material de revestimento”, detalha.

Estrutura nova

A primeira etapa corresponde à ampliação de 1.632 metros quadrados do galpão lateral com a construção de 97 boxes. A área terá como finalidade a venda de carnes, peixes e aves, com espaço para o refrigerador de exposição, freezer e pia. Também no galpão. Nessa área também será construído um ambiente para lanchonete com 21 boxes, dois quiosques e 12 mesas.

Ainda de acordo com Zeca Carvalho, a primeira etapa da obra de reforma e ampliação prevê sete boxes exclusivos para os chamados ‘balanceiros’, que são revendedores de peixes no atacado.

Orçado em R$ 7,1 milhões, o projeto foi elaborado seguindo as normas exigidas pela Vigilância Sanitária, como o descarte seletivo de lixo. A feira terá dois novos banheiros, além de rampas para garantir a acessibilidade.