Gabriel Silva foi apontado como ladrão e agredido dentro do condomínio onde mora.

AÇAILÂNDIA/MA – Caso aconteceu no último fim de semana na cidade de Açailândia e a vítima da agressões se chama Gabriel da Silva, de 23 anos. O mesmo registrou um boletim de ocorrência nesta semana na delegacia de Açailândia, a 562 km de São Luís, após ser agredido por um casal no último fim de semana na cidade.

Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que ele recebe socos e pontapés do casal, que ainda não teve a sua identidade revelada.

De acordo com Gabriel, ele estava a caminho da confraternização da empresa em que ele trabalha, quando de repente o casal agressor se aproximou do veículo dele e o arrancou do carro acusando Gabriel de ser um ladrão. Ele tentou pedir socorro, mas não adiantou, pois continuou sendo agredido pelo casal com socos e pontapés. A vítima disse que foi ofendido enquanto recebia as agressões. Até o momento, ninguém foi preso.

Gabriel da Silva, de 23 anos, ainda diz que está tentando se recuperar pelo que passou no último sábado (18), em Açailândia, no Maranhão, quando foi agredido por um homem e uma mulher que o acusaram de ser um ladrão.

O jovem que trabalha como recepcionista, estava no próprio carro, dentro do condomínio onde mora, e recebeu socos e chutes em plena luz do dia. Nas redes sociais, Gabriel disse que, além das agressões, houve crime de racismo.

“Eu quero que aconteça a justiça. É revoltante uma situação dessa, por achar que, por ser magro, negro, não poderia ter um carro. Quero que haja justiça porque isso não pode acontecer com as pessoas. Se fecharmos os olhos, isso pode acontecer até pior até com um familiar nosso. Isso é racismo. É crime”, declarou Gabriel.

O boletim de ocorrência do caso foi registrado no dia 19 de dezembro, um dia depois das agressões, que foram filmadas por câmeras de segurança do condomínio. A Polícia Civil informou que está investigando o caso.

Nas imagens da câmera um homem foi identificado como Jhonata, aparece e exige que Gabriel saia do veículo. Logo depois, a vítima recebe uma rasteira e começa a ser espancada. Uma mulher que acompanha Jhonata também ajuda nas agressões.

Gabriel afirma que tentou argumentar que ele era o dono do próprio veículo e apontar a documentação do veículo em seu nome. Tentou até mostrar que ele é morador do condomínio. No entanto, a violência só acaba quando um vizinho aparece e explica aos agressores que Gabriel falava a verdade.”Eu senti que ia morrer. Mas graças a Deus um vizinho apareceu, e eu agradeço muito. Deus me fez aquele livramento”, afirmou.