DESTRUIÇÃO DO VENDAVAL.

SÃO LUÍS/MA – Uma forte ventania causou destruição em algumas regiões de São Luís no início da tarde desta segunda-feira (13). O fenômeno foi registrado com mais intensidade na região da Forquilha, mas também há registros na região da Cidade Operária.

Motoristas e moradores gravaram momentos de tensão. Casas, comércios e igrejas foram destelhadas e até uma torre de telefonia foi derrubada. Muros caíram e um motorista de carro na região da Forquilha se acidentou, atrapalhando o trânsito.

Uma loja de materiais de construção teve a fachada destruída, com queda de portões. Em nota, o Grupo Potiguar disse que “não houve nenhum dano físico e nem acidentes envolvendo clientes ou colaboradores. Para maior segurança de todos a loja foi fechada na hora, para que pudessem ser feitos os reparos necessários”. A loja volta a funcionar normalmente na terça.

Imóveis ficaram sem energia elétrica nos bairros: Forquilha, João de Deus, Cohab Anil, Cohatrac, Aurora, Planalto, Cruzeiro do Anil, Angelim, Novo Angelim e áreas adjacentes. Segundo a Cemar, por volta das 17h30, a energia já tinha retornado para quase todos os bairros.

A Prefeitura de São Luís disse que deslocou equipes para a região da ventania, interditando ruas com destroços e removeu troncos e de galhos de árvores, desobstruindo as pistas. Não houve registro de desabrigados ou pessoas feridas.

O mesmo fenômeno também foi registrado na região dos bairros Vila Frades, Alto do São Francisco e Coroadinho, no dia 6 de julho.

Casas foram destelhadas, galhos de árvores chegaram ser arrancados e objetos também foram levados pelo vento. Nuvens densas de chuva também se formaram durante a ventania, que segundo os moradores da área, durou poucos minutos.

De acordo com o meteorologista da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Hallan Cerqueira, no Coroadinho e na Forquilha, o fenômeno foi causado pela formação das nuvens cúmulos-nimbus. Essas nuvens se formam com ventania de forma vertical e, posteriormente, causam fortes tempestades.

“Esse fenômeno é bastante comum de acontecer agora no período de transição, quando nossa atmosfera está mais quente pelo fim do período chuvoso. Então tem mais calor, associado com a umidade do oceano provoca a convecção, que é o combustível dessas nuvens. As cúmulus-ninbus são comuns em todas as regiões, mas normalmente se formam em áreas quentes. Quando acontece em área urbana, passando pela cidade, acaba causando alguns estragos. Mas esse fenômeno é muito comum”, explicou.

FONTE: G1