SÃO LUÍS/MA – Nesta quarta-feira (2), os trabalhos legislativos da Câmara Municipal de São Luís foram retomados. O prefeito Eduardo Braide (Podem0s), um dos principais convidados, não compareceu à sessão solene de abertura do ano legislativo, sendo representado pela vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD). A situação motivou um protesto da maioria dos vereadores, que ao tomarem conhecimento da ausência de Braide no parlamento ludovicense, resolveram não comparecer a solenidade.
Vereadores de São Luís não vão a abertura dos trabalhos e realizam “café com o legislativo” na galeteria de Astro.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, a Assembleia Legislativa também retomou as atividades e contou com a presença do governador Flávio Dino e do vice-governador Carlos Brandão. Prova suficiente da importância do parlamento para um governo.
O Palácio Pedro Neiva de Santana vive uma crise interna e a ausência dos parlamentares deixa claro uma insatisfação generalizada. Estiveram presentes apenas 9 dos 31 eleitos.
O ato pode até ser considerado como uma forma de se manifestarem contra a falta de trato e de respeito com que a prefeitura tem agido, mas o desprezo de Braide é tão grande que ele não fez questão de participar do momento.
Braide precisa acordar e buscar o diálogo ou corre o risco de, mesmo antes da mudança da Presidência, travar ações importantes para São Luís. Tudo por não saber que política é feita com conversa e aproximação – mesmas atitudes que precisou para se eleger ao cargo majoritário e angariou o apoio dos que despreza hoje.
O dialogo do gestor só ocorrer, por exemplo, quando ele tenta empurrar projetos de última hora para que os vereadores aprovem da noite para o dia. No entanto, como ficou demonstrado hoje, até essa situação tende a ser tornar impossível daqui pra frente. É a maioria na Câmara impondo respeito do Executivo ao Legislativo. Algo inédito nestes 402 anos de parlamento.