MATINHA/MA – Em Matinha, moradores saíram às ruas na manhã desta quinta-feira, 11, para protestar contra a impunidade que reina na cidade. Só nos últimos dias, três casos chocaram a cidade e os principais acusados não foram presos e a falta de delegado prejudica as investigações, fazendo com que a onda de violência aumente.
No dia 30 de março, um homem identificado como Domingos Pereira Filho desferiu vários golpes de machado na cabeça de sua própria esposa, Cleunice Serra Pinto, ambos de 53 anos. O caso aconteceu no povoado Belas Águas. Já no dia 05 deste mês, um homem identificado pela polícia como Edilson Costa Coelho matou a companheira, conhecida apenas como Moça, com tiros de espingarda.
E no último dia 09, duas irmãs, identificadas como Tainar dos Santos e Taynara dos Santos, teriam esfaqueado a jovem Kelrry Dayna, de 25 anos, sendo o caso de maior repercussão. Nos três casos, nenhum dos acusados estão presos e respondem em liberdade. Um dos motivos que levou a isso é a falta de delegado.
Segundo colheu o Blog do Jailson Mendes, desde o ano passado a cidade de Matinha está apenas com investigadores respondendo e alguns policiais militares. Sobre esse último caso, envolvendo a jovem Kelrry Dayna, as suspeitas se apresentaram ontem em Rosário, mas como já tinha passado o flagrante, o delegado do município as liberou após uma tentativa de interrogatório em que as irmãos ficaram em silêncio.
O delegado da Delegacia Regional de Viana, David Noleto, em conversa com o blog, disse que todo o processo está em sigilo e que, por isso, não pode passar mais informações sobre o caso. Fontes informaram que não há nenhum pedido de prisão preventiva na mesa do juiz da comarca de Matinha, Celson Serafim, e que nem um delegado foi nomeado ainda para iniciar as investigações.
Manifestação
Organizada por familiares, amigos e órgãos, a população foi até a sede do Fórum de Justiça pedir providências no caso envolvendo a Kelrry Dayna. Os manifestantes também foram até a casa da prefeita, Linielda de Eldo, pedir apoio.
O crime chocou toda a Baixada Maranhense e tem grandes repercussões. Na internet, milhares de internautas compartilharam fotos das acusadas de cometer o crime.